Por Leozito Coelho

28 de maio de 2008

QUASE CONTO

Quase uma festa. A garota surge pelada, quase toda. Aí escorrega, cai do bolo, bate no chão. Quase gargalham, mas ela não mexe, melhor respeitar. Uns saem de fininho, bêbados. O outro cogita o quase impensável: fodê-la assim mesmo, morta. Ou quase morta, não se sabe. E eu ali, anel no dedo, vendo quase tudo duplicado. Imaginando como escapar dessa, salvar o enlace. Daí cochilo, nem percebo. Quando volto, quase ninguém, apenas eu. Fugiram da enrascada, da puta cadavérica. Ou quase. Onde ela está? Não jazia logo em frente? Quem quase morre sou eu. Ela aparece, do nada, sussurra no meu ouvido, quase lambe. Desculpa-se pelo susto, não previra, quase parte. Então vem, monta e me descabela de prazer, a danada. Quase dou três. Quase.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este não é quase bom: ele é bom mesmo!

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