Por Leozito Coelho

13 de agosto de 2007

Traumas

Juzinha ao ver a sucuri: “Isso é real?” Pedi a ela dois minutos, tempo para que a benga se enchesse de sangue. A tora foi se avolumando até ficar dura. Eu me deitei para não desmaiar. Juzinha observando aquilo: “É monstruoso...” Ela tocou a pica como se tivesse nas mãos uma obra de arte. Depois a mediu com os dedos: três palmos. Juzinha pôs a roupa: “Não vai rolar, você me estraçalha com essa leguminosa." Entendi perfeitamente sua aflição. Não fora a primeira. Nem seria a última.

A peso-mosca Telma, da Tiger Academia de Boxe, arregalou os olhos ao vislumbrar a besta. Com prazer estampado no semblante, acompanhou o enrijecimento da criatura. Ao segurá-la como a um microfone, desafiou: “Vou engolir ela toda, nem que eu morra entalada." Recomendei-lhe prudência, podia ser perigoso. Ao por o primeiro terço da ‘hedionda’ dentro da boca, escorreu-lhe uma lágrima. Depois vieram outras, que inundaram meu púbis. Quando atingiu a metade do comprimento, o que já era um recorde, ela teve ânsia de vômito. A guerreira tentou novamente, mas quase pôs pra fora as batatas do almoço. Telma vestiu a roupa, pediu desculpas. A comida estacionara no estômago. Precisava de ar. Grande novidade...

A angelical Maria Alice foi acometida por uma crise de soluço. De fato, aquela horripilante envergadura contrastava com os traços finos dela, a pele alva, o jeitinho doce. A aberração de um lado, a bela de outro. Não ia dar certo. Trouxe um chá para acalmá-la. Trêmula, pegou a xícara e pediu distância. Foi embora sem dizer adeus. Tudo bem.

Carina foi mais esperta. Ainda nua, buscou a máquina fotográfica na mochila. Retratou a ‘carnuda’ de vários ângulos, tanto flácida quanto ereta. A exposição Lados de uma desigualdade social foi um sucesso, apesar de muitos visitantes duvidarem do caráter documental das fotos. Fiquei contente por Carina, mas teria ficado ainda mais se a tivesse comido.

Quem me salvou da abstinência foi o Dr. Yuri Ikeda, urologista japonês que desenvolvera novas técnicas cirúrgicas para diminuição e aumento do pênis. Não vou me alongar nos detalhes da operação. Basta saber que o Dr. Ikeda fatiou o salame três vezes. Uniu o naco da glande ao toco que restara preso ao saco. Para isso, valeu-se de costuras e injeção de moléculas cicatrizantes. Ele conservou dois pedaços do ‘ex-tarugo’ em um recipiente criogênico. Ia implantá-los em uns colegas japoneses que desejavam maior aporte sexual. Mundo globalizado, sabe como é...

Hoje, vivo bem melhor. Não desmaio ao masturbar, nem espanto as meninas. E meu caralho reloaded sobe rápido feito foguete, sem alterar meus batimentos cardíacos e a pressão arterial. Uma belezura. Ontem, convidei Carina, Telma e Juzinha para ver o resultado. Maria Alice, meu bibelô, ainda se recupera do trauma com o psicólogo. As três assobiaram e bateram palmas quando abaixei a cueca e endureci a pistola. Elogiaram muito o tamanho, agora propício ao encaixe. Para celebrá-lo, elas tiraram as vestes, degustaram-no e o introduziram em todas as cavidades possíveis de seus corpos. Delícia...

Bem, é isso. Só queria compartilhar minha felicidade por todo este sexo possível. E sem traumas para ninguém.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo,
acho q vou criar um "Fã Clube do Leozito", sério...adoro mesmo seus textos e quase tenho um treco de tanto rir da maioria deles. Nosso fã clube seria no mínimo um momento de boas gargalhadas, imagina: um monte de gente lendo e discutindo seus textos aos risos...no mínimo terapêutico!
Mas nesse texto especificamente vi q vc cometeu um errinho básico beeem comum: o fim não foi tão bom qt todo o resto. Parece q quis acabar logo com o texto e foda-se, kkk. Faço muito isso. Escrevo aquele texto enorme, espirituoso, bem elaborado, mas no fim, perco a paciência e acabo com ele “sem mais delongas”.
Bem, é isso. Só queria compartilhar minha felicidade pelo seu trabalho. E sem traumas para ninguém. KKKK
bjão

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