Por Leozito Coelho
4 de dezembro de 2006
Pois é
Não é normal. Andar de cueca pela casa, com Ipod na cintura. Se a música é animada, tenho vontade de correr. Se é melancólica, então abro gavetas, procuro fotos antigas, revejo-as e busco no passado alguma explicação. Mas se desligo o aparelho, aí é pior, pois tudo em redor se liquefaz em tédio. Está claro, portanto, que sou um sujeito volúvel. Evidentemente, não se pode esperar muito de quem transita de um eixo ao outro e que, por fim, não se ancora em nenhum. Não é papo de maluco. Não vote em mim para presidente, governador, prefeito ou vereador. Nem me peça discursos ou declarações que te proporcionem uma evolução espiritual. Não deite no meu divã, nem na minha cama. Não me escolha para compor o time de futebol. Em resumo, não espere nada de mim. Nada que fuja do meu reflexo no espelho, que é automático, solitário e gratuito. Você me desculpe por tudo isso. Vou passar a música.
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