Por Leozito Coelho
6 de outubro de 2005
O segundo encontro
Oi. Espere, não fale nada ainda. Vou explicar tudo. Sim, é verdade. Misturei droga à sua bebida no primeiro encontro. Por favor. Me deixe falar. Não era bem uma droga, mas um estimulante. Para que ficássemos mais... à vontade. De qualquer forma, peço desculpas. Fui apressado e certamente estúpido. Mas devo lembrar que você tirou sangue das minhas costas, acordou os vizinhos de cima e de baixo, e acabou com o vidro de mel que eu havia comprado no sacolão. Claro. Você tem razão. Sei que não justifica, foi um erro da minha parte, repito. Quanto ao texto que publiquei no blog, falando dessa noite e de seus aspectos mais... sórdidos, bem, o que posso dizer é que sou um escritor e que vivo das minhas emoções e vivências. Eis a essência de um homem, veja! Mas não fui desrespeitoso com você naquelas linhas... malditas. Não mencionei os palavrões, nem o tal desejo secreto, lembra? Me limitei a descrever nossas acrobacias, inéditas para mim. Certo, também não justifica. Mas, escute. Quero que neste segundo encontro, possamos começar do zero. Apaguemos a noite de quinta passada e começemos tudo outra vez. Brindemos, ora! E que este vinho limpe todas as manchas e incongruências, elevando-nos ao amor límpido e eterno. Tim-tim... Tim-tim... Você sabe que eu tenho muito o que te oferecer. Sou um butijão de sentimentos, basta abrir a torneirinha e pronto. Tudo se expande, sabe? Butijão... talvez não seja uma boa palavra. Quem sabe uma represa... um balão... ou uma garrafa? E por falar em garrafa, você não vai beber?
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Um comentário:
butijão, sim! PQ não?!!!
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