Por Leozito Coelho
29 de julho de 2006
Desmanche
Antes que nos deitássemos, ela me prevenira da sua condição física, dizendo ser constituída de chocolate ao leite. Se fosse amargo, aí sim, seria um problema, respondi levando-a para a cama. Beijei-lhe a boca por minutos, entretido pela degustação. Era um sabor de marcas suíças ou belgas. Comecei a chupar-lhe o queixo, as bochechas, as orelhas e o pescoço, a lamber-lhe os seios, o ventre, o sexo, as coxas, as panturrilhas e os pés. O calor ensopava nossos corpos. Meu suor escorria por suas partes e contrapunha-se à sua doçura. Foi quando percebi a mancha negra que se estendia sobre a colcha. Vem logo, ela disse, não tenho muito tempo. Os primeiros movimentos, ainda que cuidadosos, já lhe desfiguravam os contornos. Já não encontrava boca para beijar, nem seios para lamber. Então abracei-a fortemente, sentindo-a desmanchar entre os meus braços e transformar-se em uma pasta de chocolate amorfa que, em poucos instantes, lambuzou-me todo o corpo. No banho, ainda a vi escorrendo pelo ralo, diluída pela água quente que caía de um chuveiro de motel.
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Um comentário:
interessante essa modalidade de coelhinha de pascoa/playboy...
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