Por Leozito Coelho

22 de março de 2005

Amor concreto

Não tenho mais esperança de que você me comova, meu amor. Eu sei que isso não faz sentido, vendo você aí deitada, seu nome cravado na pedra. Mas devo dizer que acabou. A morte nos separou, como previa o "até" do padre. Quero viver o que resta. Sem culpa do destino, do acaso, da sorte, dos bêbados vomitando pelos volantes. Toma, são pra você. Vem, filha. Dá um beijinho na mãe. Diz pra ela que ano que vem a gente volta.

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